''M '' de Mulher: Sob o olhar do incesto
Thaís G como Larissa adulta
Capítulo um: da Infância a pré-adolescência.
Eu sei o que você deve estar se perguntando por que eu devo ler esse este texto se muito tantos outros falam da mesma coisa? Se eu já sei de có e salteado tudo que vai acontecer mesmo! Você pode até ter razão em uma coisa sim, você pode até saber de có e salteado o que se segue nesses tipos de textos, mas eu aposto todas minhas fichas que a realidade é que a maioria de vocês que vem aqui só se interessa pelo o assunto porque acha ele é intrigante, mas a verdade é que tirando raros punheteiros que não passam disso, poucos realmente passam por isso, então resolvi contar para vocês um pouco do meu olhar que é vivenciar isto.
(por enquanto ela narra os primeiros acontecimentos da vida dela imaginar cantando até metade da música Everyvody’s free com a Cidalia castro)
Meu nome é Larissa Ferreira Gomes, eu nasci em 23 de maio de 1998 em fortaleza no Ceará exatamente 00h14min numa quarta-feira muito chuvosa, meus tios, meus avós e meu pai até hoje insistem em dizer que foi a noite mais chuvosa e tempestuosa de todos os tempos, alguns amigos meus dizem que isto seria prenúncio de como seria minha futura personalidade já que ás vezes tenho mania de fazer tempestade em copo d’água, minha melhor amiga Jaine diz até hoje, que o destino errara de signo em vez de eu ser uma geminiana eu deveria ter vindo uma leonina.
O engraçado de ser mulher é que você se torna uma mulher antes mesmo de descobrir o que é ser uma, e vão por mim nem isso somos nós que definimos, até nisso cabe aos homens, mas uma mulher vai aprendendo como ser mulher num andar da vida, num primeiro exemplo mais prático que eu tenho a dar é logo na primeira infância, quando uma mulher engravida apenas a mãe quer que venha ao mundo uma menina, todos os outros torcem por um menino, apenas quando se tem de fato a confirmação de que é uma menina é que eles passam aceitar a realidade através da frustação, mas isso muda de concepção lá mais pra frente e eu posso provar.
(tentar colocar imagens se conseguir na internet de ultrassons de menina)
03 anos depois...
Mal eu tinha feito três anos de idade, e meus pais tiveram um terceiro filho e um último , ou até então pensava isso mas isso é uma coisa que nós deixaremos isso para comentar mais pra lá, o fato é que quando a menina passa a ser mais velha, ela passa ter uma postura diferente com o filho mais novo, eu queria dar toda a atenção que eu não recebi do meu irmão mais velho, mas por enquanto isso não é importante, mas segurem esse detalhe mais pra frente importará.
06 anos de idade...
Quando você é bebe parece que o mundo todo gira ao seu redor, quando eu vim ao mundo meus pais já tinha um filho de 4 anos, seu nome era Matheus Carlos meu irmão, quando você é filho único você se sente só por não ter ninguém para brincar, então você se empolga de início quando escuta que terá um irmãozinho ou no meu caso uma irmã, você gosta dela a princípio, sente ciúmes dela no início, mas à medida que nós crescemos percebemos que aquela atenção que nós foi dada quando erámos criança passa para quem acabou de chegar e isso sem querer começar a criar em quem já teve toda a atenção do mundo a sensação de que fora deixado de lado.
(enquanto ela narra os fatos passa imagens de irmãos brigando quando eles eram crianças)
Então lá vai a primeiras coisas que a sociedade implanta para nascer as primeiras diferenciações entre homens e mulheres, que acabam provocando o ciúme infantil, óbvio nunca a menina deixará de ser, mas mais do que nunca toda a primeira infância , se antes o pai não lhe vinha primeiramente a mente de que era pra vim do sexo feminino, a menina agora passa a ser o xodó dos pais, a partir daí não só eles como toda a sociedade passa a ver a menina como uma relíquia frágil que precisa a todo custo ser cuidada e preservada, você passa a ser a princesinha do papai, mas para dizer a verdade isto lhe vai seguir pela a vida toda.
Eles dizem que seu mundo virou rosa, você rouba as atenções de toda as pessoas e sua mãe realiza o sonho de ser jovem de novo através de você, fazendo você participar de todas aquelas coisas que empurram uma criança fazer, mas isso só afastava meu irmão de mim, acho que na cabeça dele eu devia sempre queria dar um jeito de achar uma maneira de roubar os holofotes para mim, mas no final das contas eu não tinha culpa.
aquilo tudo nunca foi intencional, pelo menos não conscientemente, eu era apenas uma criança tudo o que eu queria era ter as pessoas que eu amo pra perto de mim, e por algum motivo que eu naquele momento eu não sabia explicar, mas entenderia muito mais lá na frente, eu só queria ter a atenção do meu irmão...
08 anos de idade...
Apesar de uma ou outra amiga perdida vim aqui em casa em geral eu não tinha com quem brincar, não havia nenhuma menina da idade na minha rua aliás tirando um primo nosso que era mais próximo da idade do meu irmão não havia crianças para a gente brincar, até que em 2006 tudo mudou isso porque se mudou para uma casa ao lado uma família que só tinha filhas mulheres...
Apesar de nenhuma ter exatamente a minha idade, tinha uma que era dois anos mais velha do que eu, passamos a ser muito amigas e por algum motivo, meu irmão e meu primo passaram até mais interesse em brincar mais com a gente, só para deixar claro eles já tinham contato com o mundo pornô, mas eram a acriançados seus tipos de gostar já se definiam, mas eles não tinham ainda aquele interesse homem/mulher, saca?
Essa foi a época que brincávamos de amarelinha, pega-pega, esconde e esconde, carimba brincávamos até altas horas da noite na calçada, só entravamos em casa quando nossos pais mandavam porque estávamos extremamente sujos da cabeça aos pés, era uma época realmente boa e ingênua, mas o que eu mais gostava de brincar naquela época era de casinha, mas por algum motivo nenhum dos dois queria ser meu par nessa brincadeira, eles só queriam saber da minha amiga coisa que eu só vim entender muito tempo depois o porquê e futuramente para outros caras eu seria o motivo desse porquê, mas enfim segue o ciclo da vida.
-Eu quero ficar com a Hanna- dizia meu primo se referindo a minha amiga.
-Porque, tu vais ficar a Hanna e eu tenho que ficar com a Larissa dizia meu irmão.
Criança não entende por que ela está sendo subvalorizada, ela nem mesmo sabe o que é isso, mas mesmo assim o sentimento de se sentir inferiorizada aparecia mesmo que se eu entendesse o porquê, enfim fazer o quê? Antes de nós pularmos para a parte a onde as coisas realmente começam a ficar interessantes, eu só tenho mais um fato para contar daquele fatídico ano 2006.
Toda criança tem pelo menos aquele alguém que é doido por você que faz de você um xodó, a do meu irmão mais novo era minhas tias, meu irmão mais velho minha vó e eu tinha Dodô, hoje eu não faço ideia de como era o real nome dele, nem o que ele tá fazendo hoje em dia, tudo o que eu me lembro é que Dodô me conheceu através de meu pai e se encantou comigo (Não de jeito pedófilo quero logo deixar claro)...
-EI, Antônio! Quem é essa princesinha que anda com você que parece uma boneca?
-Essa é minha filha, Lari!
-Ela é muito bonita! Tem certeza que ela é tua filha?
-Claro que ela é minha! Não vê que ela tem meus olhos? -Dizia meu pai.
-E aí, princesinha você tem quantos anos?-Perguntava ele se curvando para falar comigo.
-Tenho oito!-Dizia eu envergonhada.
-Você gosta de sorvete?
-Gosto!
-Você gostaria de tomar um sorvete comigo?
-Posso, papai?
-Deixa, eu levar ela para tomar um sorvete?-Dizia ele pedindo ao meu pai.
-Não sei, eu devia conversar com a Ana.
-Vai ser só na esquina e vocês podem vir comigo.
-Tá acredito que não haverá mal algum...
Dodô nunca me desrespeitou em nenhum momento, mas ele nunca fez pelo Matheus e por xxx o que ele fazia por mim, todo final de semana o Dodô, pegava a bicicleta monarca dele e me levava para algum canto seja para um parque ou merendar, pena que depois dos 13 anos, eu não soube mais dele, na verdade só veria Dodô mais uma vez mais tarde...
10 anos de idade...
Quando você é menina você até pode ter atenção de todos para si, mas a verdade é que os meninos tem o mundo todo para eles... Para meninas elas tem que brincar de casinha ou de bonecas e ficar em casa com as mães, provavelmente na mente masculina sendo obrigada a ficar em casa aprendendo como ser uma futura esposa recatada do lar, ou melhor dizendo uma futura escrava recatada do lar, mas não por acaso há um momento na vida que a menina descobre como o mundo dos meninos pode ser interessante, e foi um desses dia que eu acabei descobrindo. Larissa está brincando de boneca com Hanna quando sua mãe a chama...
-Larissa, venha cá.
-Já vou.
-Eu preciso que você venha agora!
-Tá bom, tá bom, eu to indo-gritava ela pra mãe- depois eu volto Hanna.
-Tudo bem, eu te espero.
-O que é mãe?
-Menina, quando eu te chamar eu quero que você venha logo, nada de já vou mãe e quando eu querer que você faça algo não venha perguntando o que é, e sim, o que a senhora deseja, fui clara?
-Sim, mamãe.
-ótimo, vá na sua vó atrás de um pouco de verdura para eu colocar na comida, ou vá atrás de seu pai, ele está na casa vizinha, se na sua vó não tiver verdura, vá até ele e peça ele dinheiro pra comprar, mas tem que ser rápido porque eu já tenho que colocar a comida no fogo.
Não lembro ainda muito bem, de todas as coisas que eu fiz naquele dia, até porque eu tinha só dez anos, mas lembro que enquanto minha mãe mandava essa ordem, eu lembro de ter visto meu irmão mais novo Joel deitado brincando de videogame, e novamente mesmo saber o porquê o sentimento de inferioridade me vinha novamente, mas desta vez misturada com outra sensação que posteriormente iria vir muito mais aprenderia a controlar... a de inferioridade e a raiva.
-Mãe, mas porque o Joel não vai?
-Porque eu estou mandando é você garota, agora vai rápido e faz o que eu to mandando.
Uma verdade que eu aprendi ali e descobriria como usar ao meu favor mais lá na frente, é que mães preferem filhos homens, algo haver com o complexo de édipo, quem diria que Freud estaria certo, mesmo com quase cem anos que ele elaborou a teoria?
-Tudo eu...tudo eu... tudo eu, porque tudo tem que ser sempre eu, nada a senhora manda os meninos fazerem, porque eu tenho que parar de brincar com a Hanna quando o Joel pode continuar brincando de videogame dele.
Agora pare e preste atenção o que você vai ouvir provavelmente a resposta que uma mulher escutará pelo o resto da vida do porquê que ela não pode fazer qualquer coisa ou porque ela tem que fazer tudo que os outros mandam expiem só!
-Porque eu estou mandando e pronto, agora anda logo se não quiser levar uma chinelada.
Sabe o que é mais estranho? É que a primeira vez que eu escutei isso veio de uma outra mulher, mas sabe o que é mais estranho ainda? É que mesmo quando você apanha! Na cabeça do mundo masculino, você ainda está errada, você estava buscando por isso, mas enfim e só um comentário bobo! Vamos prosseguir com a história...
A casa da minha vó não era muito distante, na verdade só passava uma casa da minha, a que justo era do tal primo que passava o tempo com meu irmão. A outra casa também era da minha avó, ela tinha duas casas juntas, na verdade era uma só mais como tinha duas fachadas, o povo achava que era duas, na verdade uma das poucas coisas que nunca se modificaram é que naquela rua toda onde eu morava todos eram família, pra você ver o saco que era, pra você ver o sufoco que foi arrumar um namorado.
O que obviamente não é o fato agora, porque o que eu estarei prestes a contar, sumiria do meu pensamento por algum tempo, mas depois voltaria para ficar marcado pelo o resto da minha vida, e pode crer, muito do que eu vi ali influenciou muita coisa que viria acontecer mais pra frente, eu entrei na casa da minha avó com uma caneca redonda de plástico laranja atrás de verdura cortada...
-Vó! Vovó! Vó!
-Oi minha filha, entre venha até aqui no alpendre eu e sua tinha estamos ocupadas.
Eu caminhava até lá, lembro-me de achar que tudo naquele lugar era extremamente grande e de ali ter uma certa classe, meu vó trabalhava construindo casas, ele que tinha construindo o alpendre, era enorme com um quintal mais enorme ainda, me lembro como se fosse hoje havia dois pés enorme um de goiaba e um de sapoti, que sempre que ninguém estava me olhando eu gostava de subir lá, a vista que dava lá de cima era incrível dava para ver uma boa parte do meu bairro, boa parte da minha infância era ali que eu estava...
-O que você quer minha filha?
-Vó a senhora tem verdura?
-Verdura? Não sei meu amor, sua tia é quem corta a verdura, quando ela corta ela separa o dela e pra mim, e eu acho que minha parte ela já colocou na minha comida, vá lá nela e pergunte se ela lhe tem um pouco a te dar.
Lembra do que eu disse de que todos na minha rua provavelmente erámos parentes? Essa era única vantagem porque, literalmente minha tia morava ao lado.
-Gardênia! Ó Gardênia!
-Senhora Mãe! Eu to ocupada!
-Só atende a Larissa aqui minha filha para eu fazer as coisas.
-Só um minuto, já vou.
Ela aparecia na porta do quintal dela...
-O que foi Larissa?
-Tia é porque a mãe mandou eu vim pegar verdura aqui na vovó e ela não tem, ela mandou ver se a senhora tinha um pouco que pudesse me dar.
-ih minha filha, tenho não a tia acabou de jogar o que tinha na comida dela.
-Gardênia, ela queria verdura pra mãe dela jogar na comida dela sobrou nada não?
-Não sobrou não, acabei de dizer pra ela que o que eu tinha acabei de jogar na comida.
-E tu não tem nenhuma moedinha não para dar pra ela ir comprar na esquina? -perguntava minha avó.
-Tem não o último centavo que eu tinha eu sei para comprar ovos.
-Pior que eu também não tenho nem um centavo.
-Tudo bem, a mãe disse que se vocês não tivessem que eu fosse pedir ao pai.
-Só se for atrás dele mesmo, ele tá no outro quarto, vai lá aperrear a ele minha filha, diga assim pai me dê um real para comprar de verdura que a vovó e a titia tão sem nenhum tostão furado e a mamãe disse que precisava comprar logo por causa da comida.
-Tá certo.
O quarto ficava no meio do corredor que antes eu já havia passado para o alpendre, mas não sei explicar o porquê naquele dia eu quis sair pela a porta e entrar pela a porta da outra casa, adentrando-a era como se fosse uma pequena sala, o chão tinha azulejos quadriculados laranja com uns triângulos marrons, as cores da parede eram verdes que ficavam muito opacas por conta do ambiente não está iluminado por ser de dia, só havia dois sofás estofados azuis um de frente pro outro, como toda criança cheguei dizendo o que queria, mas sem entender naquele momento eu encontraria muito o mais o que eu estaria buscando...
-Pai, a mãe me mandou eu vim aqui e pedir o senhor dinheiro para comprar verdura...
-Tá bom querida, fique aí papai tá fazendo uma coisa e quando terminar ele te dá o dinheiro.
Até hoje não sei te dizer bem porque aquilo ali foi tão importante pra que ficasse tanto tempo guardado na minha mente, mas tudo o que posso dizer que talvez possa ser uma peça fundamental para entender os eventos que aconteceria daqui mais a frente, mas voltando a este fatídico dia em questão a minha curiosidade havia falado mais alto, como toda a criança me atrevi a olhar o que eles estavam fazendo.
Era uma sala um pouco maior do que eu estava, exceto pelo o raque com uma tv e algumas cadeiras já do próprio ambiente, ali se encontrava quase todos os homens da minha família, incluindo meu pai e meu irmão mais velho, eles estavam todos reunidos com a tv no mudo, e tudo o que eu consegui ver na tela era como se fosse uma gravação amadora de um vídeo pornô.
Onde mulheres pareciam estar deitadas em um tipo de toalha ou algo assim enquanto homens a penetravam por trás de quatro, claro que só muito tempo mais tarde eu iria entender isso. E antes de eu começar a contar toda minha jornada de como hoje eu sou agora, falta eu contar a última parte de quando de fato ainda tinha total inocência. É podemos nos dizer que eu ainda tinha um pouquinho de inocência sim!
11 anos...
Tinha meus 11 anos, ainda brincava de bonecas e assistia tv globinho, naquele ano Hannah iria embora e eu ficaria mais uma vez só, quem diria que com ela iria muita mais coisas embora, me lembro como se fosse hoje, como se fosse outro dia qualquer, como se fosse outra quarta qualquer, meus pais tinham saído para trabalhar, Hannah para variar estava brincando comigo dentro de casa, na casa ao lado que era a dela, estava movimentação pra lá e pra cá de mudança, quando de repente meu irmão Matheus se aproximava da gente, notei uma coisa diferente no olhar dele em direção para a Hannah mesmo que naquele tempo eu não soubesse o que era...
-E aí, meninas o que vocês estão fazendo? -Perguntava Ele.
-Oi, Matheus-perguntava ela toda abobalhada- Eu só estava aqui brincando com a Larissa de bonecas.
-Ah isso parece ser legal. - Dizia ele mantendo os olhos fixos nela.
-O que é que tu quer Matheus, hein, já veio intimar- Dizia eu já um pouco zangada.
-Ué, nada só vim perguntar se eu posso me ajuntar a vocês, não posso não?
-Desde quando você se interessa em brincar com a gente? -dizia eu elevando cada vez mais a voz.
É claro que eu estava enciumada, eu ainda era uma criança uma simples e ingênua criança, eu ainda não entendia o que ali estava rolando, na minha cabeça inocente e pueril meu irmão estava tentando roubar de mim a única amiga minha que eu tinha, e isso eu não podia permitir.
-Se tu não sair agora daqui eu conto pra mamãe que tu não estavas deixando a gente em paz!
Naquele momento eu até poderia achar que estava com aquela valentia toda, hoje revendo isso me lembrando das expressões dos dois querendo ficar um com outro, só me faz pensar o quanto eu estava sendo tola e boba no momento, que nada que eu fizesse ali iria mudar muito aquele exato instante...
-Calma, Lari deixa teu irmão ficar, pode ser divertido. - Dizia ela sem mudar sua expressão.
-Ok! -dizia Larissa de mal jeito.
Foi o jeito, tive que me dar por vencida!
-Legal do que vocês estão brincando?
-De boneca, tá vendo não? -Respondia Larissa de mal jeito.
-to, to vendo sim, to vendo sim, é que eu só estava pensando aqui que eu tinha em mente de a gente brincar de algo mais legal o que vocês acham?
-Não, nós queremos continuar brincando de boneca, se não está gostando vai embora! -Dizia eu.
-Ai! Credo Larissa! Deixa pelo menos teu irmão dizer o que ele tem em mente-Dizia Hanah.
Vocês podem imaginar como estava minha cara nesse momento, adianto logo a vocês não era uma das melhores!
-Ah vai diz! -Larissa fazia aquela cara como se dissesse arghhh!
-Bom, já que hoje é o último dia da Hannah aqui e os nossos pais não estão aqui eu pensei que seria legal se a gente pudesse brincar de esconde-esconde o que vocês acham?
-Por mim, eu acho legal- dizia Hannah- E você, Lari, tudo bem?
-E eu tenho escolha? -Falava Larissa desanimada.
-Que tal a gente tirar no zerinho ou um para ver quem sair e depois no par ou ímpar pra ver quem vai contar? -Sugeria ele.
-Nhã! Você sugeriu a brincadeira, você que conte! - Dizia Larissa avançando na frente dele.
-Ela tem razão...-concordava Hannah.
Pelo menos uma vitória!
-Tá bom, tá bom, está bom, já entendi duas contra um, vocês me venceram, eu começo contando a mancha vai ser aqui, podem ir correndo se esconder que eu só vou contar até dez hein, vou começar...
Dizia ele se virando e colocando um braço nos olhos escorando numa parede que tinha ali perto, ele começava a contar...
-1,2,3,4,5....
-Vamos, Lari, vamos...
Elas corriam pelos os corredores da casa olhando possivelmente os melhores lugares para esconder.
-Aonde nós vamos nos esconder? -Perguntava Larissa ainda segurando a boneca na mão.
-7,8,9...
Via Hannah de longe vendo ele ainda contar, ela olhou para os lados e disse:
-Rápido, pega aquele balde de roupa suja e coloca ele na tua frente e vai pra debaixo da pia, que eu vou me esconder em outro canto!
-Tá bom!
-10! Prontas ou não lá vou eu...
Larissa estava escondida de trás de um balde verde d’baixo da pia com seu ursinho nas mãos, de onde ela estava dava para ver Hannah se escondendo na parede um pouco mais a frente, seus cabelos castanhos ficavam a amostra pra fora do balde, ela escutava passos de seu irmão indo em sua direção, de repente lhe deu uma enorme vontade de rir, mas de longe ela via Hannah fazer sinal de silencio com as mãos quando fora descoberta.
-Já vi a Larissinha debaixo da pia-dizia Matheus tirando o balde da frente e descobrindo a irmã.
-Ó! -dizia Larissa triste.
Saída de onde estava rodeando os cômodos da casa, Hannah corria em direção a mancha para salvar elas duas.
-A Larissa só vai contar se tu conseguir me pegar.
-Ah, é?! Pois você vai ver!
Hoje eu consigo ver como realmente aconteceu foi só uma simples corrida da minha cozinha até a sala, mas eu era pequena, eu era jovem, tudo era muito grande, tudo parecia ser fantástico, o brilho nos olhares deles, as cores acaloradas do sol naquela tarde refletindo em nossas peles, comecei a viajar que cada pulo que meu irmão dava pelos móveis eram quase mágicos, e que podia jurar que Hannah quase podia voar de tão veloz que ela era, e no final os dois chegaram na mesma hora pegando na mancha, naquele momento mais do que suas mãos se tocaram.
-31, na mancha Hannah e Larissa! -disseram os dois juntos.
Os dois estavam ofegantes, não conseguiam desviar o olhar um entre outro e um sorriso na ponta da boca se abriam neles.
-Afinal de contas quem foi que ganhou? -Perguntava eu inocentemente.
-Bom, eu acredito que tenha sido eu- respondia Matheus abobado.
-Ah é? Porque eu podia jurar que fui eu! -Dizia ela com cara cínica tipo um flerte.
-E aí, os dois vão ficar aí namorando ou que? -Eu disparava.
Os dois se envergonharam e começaram a tirar as mãos.
-Bom, eu acredito que aqui houve um empate então-Dizia ela- O que você propõe?
-Bom, eu comecei a contar não seria mais justo outra pessoa a contar.
Ela olhou de esguelha para Larissa e voltou a olhar pra ele.
-Tudo bem, eu conto, mas só dessa vez!
Tudo bem, eu admito eu havia me rendido aquela brincadeira (passava uma cena de ela correndo na mancha para se salvar, outra dela se escondendo, no outra que ela foi achada por Hannah no quarto dos pais dela e jogava ela na enorme cama, para fazer Cócegas nela) e nisso a tarde foi passando.
-31 na mancha, Larí e Hannah, é eu venci! -dizia Matheus se achando.
-Hannah! -Dizia uma voz de mulher vindo lá de fora.
-O que foi mãe! -gritava ela.
-Nós iremos daqui a quinze minutos querida.
-Tá bom-respondia ela desanimada.
-Ó! Mais já! Você já tem que ir? Fica mais um pouco, por favor por mim! -perguntava Lari com aqueles enormes olhos grandes.
-Vai fica- perguntava Matheus olhando para ela.
-Tudo bem, acho que dá pra ficar mais um pouquinho sim-dizia Hannah abrindo um leve sorriso pra aqueles dois.
-é aí sim!!!!-pulava Larissa de felicidade.
-qual?-perguntava Larissa.
-Que a Lari conte pelo menos essa vez. -Dizia ela encostando o dedo no nariz da amiga.
-Vamos lá Lari, só dessa vez, senão ela vai embora- dizia seu irmão.
-Por favor, por mim-pedia Hannah.
-Tá bom, tá bom, tá bom aff, eu conto- dizia ela parecendo irritada.
-Legal, então vai lá contar- dizia o irmão dela.
-OK, mas só dessa vez hein e é porque ela está indo embora- dizia ela apontando para amiga.
-Então vai conta- dizia amiga.
Larissa se virou contra a parede e começara a conta, quando se virarara novamente a casa estava em total silencio, não um sequer sinal dos dois, ela começou a realmente procurar os dois, primeiro em cada lugar da sala, no seu quarto, no banheiro e até mesmo em sua cozinha, ela começara a ficar intrigada em não conseguir achar eles quando novamente ouviu a voz da mãe de Hannah a chamar pela a janela...
-Hannah! Hannah! Hannah meu amor nós temos que ir!
Larissa corria pra chegar até a janela.
-Dona Norma, Dona Norma já vai!
-Oie, Lari tudo bem, cadê a Hannah ela não estava aqui brincando com você?-dizia ela olhando pela janela dentro da minha casa em busca da filha dela.
-Sim, sim, ainda estamos é porque estamos brincando de esconde-esconde e no momento ela e meu irmão Matheus estão se escondendo e eu tenho que procurar.
-ah tá sim, tudo bem, pois assim que encontrar ela diga que a hora de brincar acabou e que precisamos ir, pode ser?
-sim, senhora dona Norma!
-eu vou sentir muitas saudades suas Larissa!
-eu também dona Norma!
-bom, eu vou andando agora porque eu já tenho que ajeitar algumas coisas ainda, sua mãe já está perto de chegar?
-ela disse que tentaria está aqui antes que voces fossem.
-pois, tá bom caso eu não consiga ver ela diga que eu mandei um beijo.
-está certo!
-pois bem, agora tenho que ir-dizia ela olhando mais uma vez por minha janela.
Logo que a Mãe de Hannah saiu, Lari escutava um estranho barulho que parecia vim de cima, ela correu subindo as escadas, o som parecia que tinha cessado, ela ficou parada alguns minutos no corredor e não ouviu nada, até que o som voltou a aparecer parecia vim do quarto de seus pais.
a porta estava aberta, o quarto estava vazio, eles poderiam estar no banheiro pensou ela, mas ao entrar lá nada encontrou, ela escutou o barulho novamente, estava ali perto não parecia estar muito longe dali, parecia...parecia que estava vindo logo dali colado de parede com parede, ela saiu de onde estava e abriu o guarda roupa dos pais, dentro dele, Hannah e Matheus estavam sentados apertados de joelhos e estavam com suas bocas um no outro, quando viram Larissa ali eles tentaram disfarçar.
-Ah! Olha aí ela aí finalmente elas nós achou- dizia Hannah tentando disfarçar limpando a boca.
-Não é! Eu já estava quase começando a achar que você tinha desistido da gente Lari.
Naquele momento eu não soube muito o que fazer, eu só tinha 11 anos ainda era muito acriançada, uma vez ou outra já tinha visto nas novelas os casais darem um beijo na boca, mas nunca parei para entender muito o lance da coisa, não entendia do porque as pessoas faziam isso e nem o pra que, então não entendia muito bem qual devia ser minha reação no momento tudo o que eu fiz dizer naquele momento foi:
-A tua mãe está te procurando! - dizia ela Antonita segurando o ursinho de lado.
-Tudo bem, acho que é melhor eu ir andando-dizia ela ajeitando a saia dela e passando por mim.
Quando deu cinco da tarde estavamos todos do lado de fora da minha casa na calçada, havia um gol prateado estacionado perto de nós e logo atrás um enorme caminhão de mudanças, meu pai conversava alguma coisa com seu Joel de futebol perto do carro, enquanto minha mãe terminava de conversar alguma besteira com a dona Norma, eu estava perto delas, mas olhava em direção a Ramila e meu irmão que estavam conversando.
-Então ela viu a gente, tu acha que ela vai dizer alguma coisa? - Dizia ela aflita a meu irmão olhando para mim de longe.
-Não, eu acho que não, pelo menos eu espero que não mesmo assim a Lari é tranquila eu falo com ela depois e peço para ela fechar o bico- dizia ele olhando de esguelha para mim.
-Bom, meu povo infelizmente a gente já tem que ir- dizia dona Norma.
-Ah mais já, mas tá tão cedo!-dizia minha mãe.
-já mulher tenho que ir, a gente ainda vai ter muito o que ajeitar, mas de vez enquanto eu venho mulher pra gente fofocar.
-ah venha mesmo!
-vamos Ramila amor temos que ir, venha dar tchau para a Lari!
-eh! Bom, eu tenho que ir-dizia ela falando com meu irmão reprimindo os lábios.
-tudo bem!-dizia meu irmão.
Ela começou a caminhar em direção a mãe dela mais volta e meia olhava para trás, quando chegou perto de mim, ela se abaixou para falar comigo.
-bom, Lari eu tenho que ir ,mas pode vim quando quiser para brincar na minha casa.
-unhum- dizia eu timída e sem jeito.
-ah mais é muito timída mulher, dá um abraço na amiguinha Lari-dizia minha mãe.
Apesar da situação em si que tinha acabado de acontecer, abraçar Ramila naquele momento não foi uma das coisas mais constrangedoras da minha vida, ao contrário tanto eu dei um abraço sincero nela, quanto eu senti um abraço sincero da parte dela, Ramila foi minha vizinha por três anos e agora estava indo embora, querendo ou não aquela era a maneira da vida de me dizer que eu tinha que aceitar que minha infância estava literalmente indo embora, e que não havia nada que pudesse evitar, apenas que eu tinha que abraçar o que seja lá que fosse que viesse pela à frente.
-Tchau, Lari-dizia ela se despedindo.
-Tchau! -dizia eu ainda sem jeito.
Eles entraram no carro, e ficamos da calçada dando adeus, vendo-a lá longe eu podia ver que da janela ela tentava olhar pro meu irmão, naquele dia sem perceber o ursinho que eu segurara na mão eu o deixara cair no chão.
-Tudo bem querida, não precisa ficar assim a Hannah não foi morar muito longe, você ainda vai poder visitar ela!-dizia minha mãe passando a mão no meu cabelo antes de entrar para dentro de casa.
Ainda fiquei alguns minutos na calçada olhando em direção para onde eles tinha ido, quando pouco antes de eu entrar meu irmão me chamou para conversar.
-Que chato que ela se foi não é?-dizia ele se aproximando mais perto, ele estava com as mãos no bolso.
-é ela se foi- dizia eu meio distante ainda olhando para a direção onde Hannah tinha ido.
-Escuta Lari, eu estava conversando com a Hannah e... ela me pediu pra falar contigo sobre o que tu nos viu fazendo hoje à tarde na hora da brincadeira do esconde-dizia ele se agachando colocando as mãos no joelho para conseguir falar na altura dos meus olhos.
-Que você estava com sua boca na dela?-perguntava eu na inocência.
-Isso...-respondia ele meio sem jeito e nervoso- o que você viu a gente fazendo se chama beijo e não seria muito legal se tu saísses contando o que eu e a Hannah fizemos, principalmente para os nossos pais.
-Porque, é errado o que vocês fizeram?
(pensamento de Larissa) : Naquele instante meu irmão ficou sem palavras por alguns instante, meio sem jeito, ele não sabia o que dizer como homem ele não achava que nada do que ele fizesse com a mulher era errado, mas uma coisa era ele fazer isso com as outras, outra coisa era alguém querer fazer isso com a irmã dele.
-Não, Lari, não...apenas deixe para lá apenas voce ainda só é muito nova para entender essas coisas.
Dizia ele bagunçando meu cabelo e seguindo em direção a dentro.
Por um tempo eu realmente tentei esquecer o que eu tinha visto ali naquele dias, mas nos próximos anos que se sucederam, foi meio que quase impossível, anos depois eles dois namoraram por um tempo mas acabaram não dando certo, não muito tempo dali eu iria entrar num período da minha vida em que isso era no mínimo complicado...
Capítulo 2:-bem vindos a aborrecencia! Dos 12 aos 15 anos!
(aparece a imagem na tela do filme meu primeiro amor)
-Você já beijou alguém? -perguntava a menina no filme.
-Como fazem na televisão? -perguntava ele
-unhum-exclamava ela.
-Não- dizia ele balançando a cabeça.
-Talvez a gente deva tentar pra ver o que a gente vai sentir-sugeria ela.
-Mas, eu não sei como é que é!
(...)
-Eu vou contar até três-dizia ela.
Ele estava de olhos fechados, ela começava a contar enquanto se aproximava mais perto dele.
-1,2, 2 e meio e 3.-dizia ela encostando a boa dela na dele.
A câmera sair da tela e se expande pruma jovem Larissa deitada no chão da sala assistindo tv.
12 anos....
O ano era 2010, eu estava com 12 anos e finalmente, havia acontecido o pesadelo de todo adulto! Melhor para ser mais específica eu virei aquilo que meu pai mais temia...Eu havia entrado na minha aborrecencia! Quando você é criança você tem a falsa ilusão que adolescência é o bicho, que é um máximo! Que você vai ficar bonita! Que você finalmente fará coisas de gente grande, era assim que eu esperava que fosse ficar mais velha...
(Ilustrar com fotos...)
Mas pra falar a verdade. lá vai uma lista das coisas ruins dessa fase e que não te contam...
(Larissa):-Oleosidade...
Passava ela tentando passar um algodão no rosto e ele saindo todo sujo de oleosidade do rosto.
(Larissa):-Espinhas...
Ela estava na escola conversando com uma amiga, ambas usavam mochilas nas costas e segurava os livros na mão, quando um grupo de garotos iam passando.
-Menina, menina olha lá, lá vem ele-dizia a tal amiga.
-onde?-perguntava ela.
Ela desajeitamente tentava ajeitar o cabelo, ficara um pouquinho na sua boca e ela cuspira para fora.
-E aí, como é que eu to?-perguntava ela.
-Com uma espinha bem enorme no meio da testa.
-Porra! Pera aí! Isso é sério?
-Veja por sua conta própria.
Dizia ela passando um miniespelho de pó de maquiagem.
-Porra, caralho! Por que agora? Porque isso tinha que acontecer comigo?
-Calma, menina, calma ele ainda tá um pouco longe, vou tentar passar um pouco de pó em ti fica quieta.
-Oi, Larissa!
Quando ela se mexeu o pó foi bem no olho dela, num movimento involuntário ela mexeu as mãos que estava com livros e tacou nele...
-Ah, meu Deus, meu Deus Gilson, por favor me perdoa, por favor, me desculpa, mesmo me perdoa!
-Não, tudo bem, sei que você não viu, sem que foi sem querer.
-Me desculpa, eu é porque eu sou tão desastrada.
(Larissa):-Magrinha e usando aparelho...
-Então meninas vocês querem ir pra minha casa sexta á noite pruma noite de pijamas?
Perguntava ela para um grupo de meninas populares.
-Ah, sexta agora? Hum desculpe não vai dar nos resolvemos ir para casa da Cátia fazer um trabalho lá.
Dizia uma das meninas na maior falsidade.
-Não, tudo bem, tudo bem, não tem problemas, mas vocês querem sair sábado à noite?
-Hum, é sábado à noite eu até adoraria menina, mas já combinei com o Ricardo que a gente ia dar uns amassos, hum que pena eu estava querendo muito mesmo sair contigo.
-Ah, não tem problema não a gente tenta uma próxima!
Dizia Lari saindo toda desconfiada e sem jeito.
Naquele mesmo intervalo...
-Menina, tu viu que a Larissa boca de lata queria sair com a gente?
-Tá mais pra Olíva palito, ela não se enxerga? Parece uma tábua! Kkk.
Elas não sabiam, mas eu estava escutando tudo dentro de um dos boxes do banheiro, naquele dia eu aprendi como adolescentes podem ser bem frias e cruéis, mas é reconfortante saber que o mundo gira, pois todas elas tiveram filhos antes do ensino médio acabar, o que isso quer dizer que apesar de eu não ser nenhuma Giselle Bündchen eu ainda sim fiquei melhor que elas. Mas sabe o que realmente foi pior?
Foi naquele maldito dia que veio a minha primeira menstruação, que ódio foi ter que ter saído com as calças toda melada na frente delas e de todo mundo, porque as primeiras menstruações só têm que vir na hora errada? Naquele dia Natanael Silva, um dos garotos de família mais humilde e um dos alunos mais inteligente da escola, se ofereceu para me dá dinheiro.
Eu não queria aceitar porque sabia o quanto ele era humilde, a mãe dele era faxineira na casa da minha vizinha ao lado, eu sabia o quão eles ganhavam mal e pra sincera talvez aquele fosse o dinheiro do lanche dele da semana inteira, mas também não queria constranger ele, com 13 anos de idade, Natan era um dos alunos, mais gentis, atencioso, bondoso e doce que eu conheci, apesar da origem humilde que tinha, sua educação era ímpar.
Não foi uma, não foram duas, não foram três vezes que o Natan me salvou, seja na rua quando a tempestade me pegava, ele me oferecia o guarda-chuva dele, mesmo que ele se molhasse todo, seja quando eu esquecia meu dinheiro do lanche e ele oferecia dele, seja ele fazendo meus deveres de casa, eu acho que ele era apaixonado por mim, e não me levem a mal, eu até achava fofo o que ele fazia por mim, só havia um pequeno probleminha...
13 anos...
(Larissa):-Nenhuma dessas alterações com certeza não é mais cruel se não aquela que vem a seguir, o primeiro amor, hoje as coisas se tornaram muito rápido com toda a coisa da internet, do tinder e do whatsapp, mas em 2011, ter 13 anos e você se apaixonar por alguém era um grande marco na vida de uma menina, apesar de naquela época não existir o termo ‘’crush’’ vamos dizer que eu tinha minha paquera, e a minha paquera da vez não tinha outro nome senão Luís, mas óbvio se você for alguém como eu vai ter azar com os meninos também...
Luís era dois anos mais velho que eu estava na mesma classe porque repetiu duas vezes, mesmo assim ele era alto, ele era bonito, ele era loiro tinha aqueles cabelos de ninho de pássaro de surfista e covinhas no queixo, todas as meninas queriam ficar com ele inclusive esta que vos fala até que um dia uma coisa aconteceu...
-Classe, hoje haverá um trabalho em dupla. -Dizia a professora.
A sala já começava a fazer festa.
-Mas antes que comessem a festejar...
-Ahhhh-dizia a galera coletivamente.
-Eu sei que vocês querem fazer suas duplinhas para quererem conversar e brincar, mas como este é um trabalho muito sério e vale 2/3 da nota eu decidi reorganizar a turma e cada um vai fazer dupla pulando um número depois do seu, tipo 1 com 3, 2 com 4 e assim por diante...
-Ahhh-falava o resto da turma.
Mas por dentro eu estava ‘’isso! Isso! Isso!’’ Já o Nathan, não conseguia esconder a sua cara de desgosto, já que ele teria que fazer com Nicolas Nascimento, considerado um dos mais desinteressante e menos inteligente na turma.
-Bom, eu não quero saber de ahhh, este trabalho é para sexta então eu sinceramente sugiro que vocês comessem logo!
Aí, meu coração! Aí meu coração eu não podia me controlar ele estava vindo! Ele estava vindo!
-Oi, Lari não é?-Dizia ele distribuindo charme.
Sim! Sim! Sim!
-É, sou, sou eu sim e você é o Luís, não é? -dizia ela bem atrapalhada.
É boa bem segura de si, agora só ver se não estraga tudo!
-É sou, eu acho que nós vamos fazer o trabalho juntos!
Dizia ele colocado uma fila de cabelo para de trás da orelha. De longe Nathan se mordia de ciúmes.
- Sabe eu venho te vendo já faz um tempo e te acho legal-continuava ele.
Aí meu coração!
-é mesmo?
-É e eu sabe, estava aqui me perguntando sabe, se tu não quer me encontrar hoje na minha casa pra gente fazer o trabalho e depois a gente poderia sei lá não sei..poderíamos sair pra tomar um sorvete o que você acha?
Pera aí, é isso mesmo que está acontecendo? É isso mesmo que eu estou pensando? O menino mais gato da escola está me chamando para sair com ele?
-Ah, hoje?
-É sim, hoje! Porque você já tem programa para hoje? Porque se você tiver eu vou entender.
-Não, não, não- Falava ela exasperada-Não tem problema não, eu... eu não tenho programa nenhum pra hoje não, não vou ter nem um problema mesmo.
-ótimo, chega lá prumas 19h na minha casa.
-Tudo bem-dizia ela corando.
Naquele dia por telefone passei a tarde inteira conversando com Ramila, contava tudo que estava se passando comigo, do quão eu estava empolgada e de como eu desesperadamente precisava da ajuda dela, apesar de ela aparentar mais estar se divertindo com a minha situação, ela me pediu pra me ficar calma que ela iria me dar ajuda dela, primeiro ela me mandou eu escolher a roupa mais bonita que eu tivesse e assim eu fiz, ela mandou eu passar a tarde fazendo o cabelo, unhas e comprar um estojo de maquiagem e acima de tudo treinar meu beijo no espelho, pela primeira vez eu e a Ramila tínhamos conversas de meninas grande, deixávamos de ter aquelas conversas acriançadas ali, eu realmente senti falta de ter uma grande amiga ali por perto.
-Nossa Ramila, obrigado por ter me ajudado hoje.
-Que é isso Lari, amiga é pra isso, eu sempre estarei aqui para essas coisas.
-Ram!
-Sim?
-Será que dá para não contar para meu irmão que eu te contei todas essas coisas?
Ela demorou em silencio alguns minutos para voltar a me responder...
-Relaxa Lari! Porque raios de diabos de motivos eu teria pra contar isso ao teu irmão? -Dizia ela suspirando forte.
-Ah! Porque vocês ficaram ué! Pensei que vocês ainda mantivessem contato.
Não sei dizer se aquilo era uma mistura de ciúmes ou de um certo jeito uma esperança da minha melhor amiga ficar junta do meu irmão, mas eu ansiava aquela resposta com um coração apertado.
-Não, Lari, não! Realmente eu fiquei com seu irmão, mas nunca foi nossa intenção em ir pra frente, foi legal! Foi divertido! Mas no final das contas tudo não passava disso, era só pra se divertir! Você vai entender Lari quando for mais pra frente, às vezes você vai conhecer caras que serão somente isso, alguns ficas divertidos que logo, logo eles irão embora!
Eu não sabia o que dizer depois daquela resposta, afinal de contas eu só tinha 12 anos, eu ainda ia querer acreditar um pouco em contos de fadas, mas realmente depois eu aprenderia que no final das contas Ramila, ia ter razão...
-Tudo bem...-Respondia eu-Tenho que ir, tenho que fazer as coisas antes que os pessoais cheguem!
-Tá bom, Lari qualquer coisa me liga tá?
-Tá! Beijo!
-Outro!
Naquela tarde eu fiz tudo o que a Ramila me pediu pra fazer, eu fui a um cabelereiro, eu fiz as unhas, eu fui as compras, e lá estava eu alguns minutos antes de encontrar meu primeiro ‘'crush’’ na frente do espelho passando batom, é engraçado como hoje olhando para trás dá vontade de rir do quão bobo isso era, mas pra aquela época aquilo pra mim aquilo era sério e dar o primeiro beijo certo em Luís era o que eu mais queria!
-Tá bom! Uh! -dizia eu na frente do espelho- A Ram me disse que era só eu encostar minha boca na dele e depois fazer uma flexão nos lábios dele que ele faz o resto, então eu só tenho que ir...é eu só tenho que ir...
Ela saia até a porta do banheiro, verificava se não havia ninguém em casa, quando achou que tivesse sozinha ela voltou ao banheiro ficou de frente pro espelho, respirou mais uma vez e sentiu coragem pra beijar o espelho, ela chegou bem perto do espelho e ficou pressionando seus lábios nele, claro a superfície fria do espelho não ia ser a mesma coisa que beijar o Luís, mas ela bem que podia imaginar que era, ela só não poderia contar com uma coisa...
-Mas que porra é essa Lari? Porque é que tu tá beijando o espelho? - Dizia Meu irmão Joel.
Nossa eu fiquei tão constrangida e com raiva por aquele garoto não saber bater na porta!
-Beijando o espelho? Beijando o espelho, quem foi que disse que eu estava beijando o espelho?
-Eu ué? Acabei de ver, porque você vai beijar algum menino hoje? -Dizia ele sendo idiota fazendo imitação de beijo.
-Não garoto eu não vou beijar ninguém hoje! E eu não estava beijando o espelho!
É engraçado quando os meninos vão dar o primeiro beijo deles o irmão mais velho dele o aconselha e o prepara para como vai ser o primeiro grande evento da vida dele, mas a relação de irmão e irmã era diferente, a irmã dá o primeiro beijo na cabeça de um menino significa que algum cara vai estar pela primeira vez se aproveitando da irmãzinha dele e como Joel boca rasgada acabava contando tudo pra nossa família, eu tinha medo que meu irmão Matheus escutasse e quisesse tirar satisfação com o Luís.
Enfim, naquela noite eu estava me sentindo bonita, estava com os cabelos lisos, estava usando uma blusinha de cetim e uma calça Capri, estava com um batom rosa naquela noite, nada poderia estragar aquela noite, bati na porta dele exatamente às 19 da noite e estava extremamente nervosa, até que finalmente ele tinha vindo e abriu a porta...
-Ó Lari! Que bom que você já veio! E nossa como você está bonita!
Ele me chamou de bonita, ele me chamou de bonita, isso significa que vai rolar! Isso significa que hoje iria acontecer finalmente o meu primeiro beijo!
-Obrigada, você também está muito bonito! -Dizia eu envergonhada.
-Deixa eu só pegar a minha mochila e vamos pruma lanchonete aqui bem perto! -Dizia ele bem charmoso.
-Ah tá unhum.
Ele ia me levar pruma lanchonete, talvez ele me quisesse me levar lá para a gente poder ficar mais à vontade e ele não ter que me beijar na frente dos pais dele...
-Vamos!
Dizia ele aparecendo na porta mexendo com as mãos no cabelo segurando a alça da bolsa só com uma mão.
-unhum...
(imaginar tocando rapidamente um trechinho da música ‘’I little help from my friends’’ do joe cocker)
Estávamos no Gula Lanches, uma lanchonete pequena, mas frequentada por muitos adolescentes da cidade, incluindo os nossos amigos e colega de sala, logo de cara eu percebi isso porque assim que chegamos eu os vi lá sentado numa mesa a frente da nossa, incluindo aquelas meninas que tinham sido ruins comigo mais cedo.
No início eu não entendi porque ele tinha me levado ali, se ele não queria ver a gente ficando por que ele havia me levado lá para aonde estavam nossos amigos? Foi então que um pensamento me ocorreu na cabeça, talvez ele estivesse me levando ali porque ele queria que os nossos amigos nos vissem juntos, talvez ele estivesse me lavando ali não só porque ele queria me dar o primeiro beijo, mas também porque ele talvez quisesse me pedir em namoro, será?
-Posso anotar seu pedido?-Dizia o garçom em como se tivesse com tédio.
Olhei para cima e fiquei envergonhada, Nathan era o garçom.
-Sim, hã, queremos batata frita e hamburgueres e você bebe coca? -Perguntava Luís para mim.
-É pode ser coca, eu bebo sim!-Dizia eu sem graça.
-Quer que eu traga, mais alguma coisa para vocês?
Eu sei, eu sei, eu sei...o clima estava muito paia, estava uma verdadeira torta de climão, mas em minha legítima defensa, eu realmente não fazia ideia de que o Nathan trabalhava ali e se soubesse disso nunca teria deixado o Luís me deixar lá, mas também era vacilo dele nunca ter me contado isso...
Além do mais, minha cabeça estava em outro lugar, meu coração palpitava aceleradamente só de pensar na hipótese, mas como criança sonha não é mesmo? Até ontem eu sequer nem imaginava em pensar ficar com um menino e então Puff, já estava pensando em até em namoro, já estava até visualizando o casamento, a gente tendo casa e filhos...Só havia um problema nisso tudo nessa história....
-Ommm, ommmm, tuuuu, tududududu, tuduuududu-Dizia ele brincando com um aviãozinho de papel na mesa e de vez enquanto ele olhava para a mesa dos amigos dele.
Ele era muito infantil...
-É quando é que nós vamos começar a falar sobre o trabalho?
-Ah, vamos deixar pra depois? Você quer sair daqui pra nós tomarmos um milk shake? Eu ouvi dizer que há um lugar aonde você pode comprar dois por um!
Na verdade, reformulando o que eu disse, na verdade ele era bobo, infantil e imaturo, mas eu não havia perdido minha tarde inteira, gastado quase 120 conto e me produzido toda, pra aquele beijo não saísse naquela noite...
-O que foi? -Perguntava ele sem entender nada.
-Luís é porque, eu vou ser bem sincera, eu vim hoje aqui porque eu pensei que você estivesse afim de ficar comigo e quisesse dar um beijo em mim, mas agora eu vejo que isso foi um erro, eu vou ligar pro meu irmão Matheus vim me pergunta se não se importa. -Dizia eu pegando a minha melissa e já se levantando.
Quando ele pegou na minha mão e disse...
-Não Lari espera!
Opa! O jogo ainda estava valendo, vai ver que o galã só precisava de um empurrão!
-Eu tenho que te confessar uma coisa!
Ele vai dizer que ele é apaixonado por mim! Só pode ser isso ele vai ser isso com certeza. Me sentei rápido mal contendo meu coração.
-Já sei! Você vai me dizer que me trouxe aqui para me pedir em namoro e só não sabia me dizer como! É isso?
De repente a expressão dele havia mudado, ele agora estava com ares de preocupado passava constantemente a mão na nunca e ficava olhando para trás. Será que fiz besteira? Ah, meu Deus eu fiz besteira! E agora, o que eu faço? Pra que lado fica o Nepal?
-Não Lari, eu queria te perguntar se tu não pode ir comigo lá de trás da lanchonete, passar alguns minutos comigo e depois dizer pra galera que eu te beijei e que a gente ficou.
-Ué, Luís, porque a gente tem que fingir? Porque é que você só realmente não me leva de trás da lanchonete e me beija?
Percebi naquele momento que ele olhava para trás e o olhar dele estava mais aflitivo.
-Por que eu acho que gosto de meninos-Dizia ele tão baixo que eu quase não consegui entender ele.
-Pera aí, como é Luís, fala mais alto que eu acho que eu não te entendi!
-Eu acho que eu gosto de meninos Lari! Mas agora fala baixo!
Ah tá claro, ele gosta de meninos é óbvio, o cara mais gato da escola bem ia mesmo te levar para sair sua doida! Só em sonhos mesmo, naquela época eu era só uma criança, não sabia nem que mulher tinha que ter ‘’Gaydar’’ bom aprendi do pior jeito, naquele dia, meu mundo tinha caído, eu estava arrasada, mas eu tentava não demonstrar para ele...
-Ah-Dizia eu sem graça, não tudo bem está certo, não precisa não, pode ir eu digo para todo mundo que você me beijou de trás da lanchonete...
Eu sei, eu sei, eu sei o que vocês estão pensando, você ainda apoio ele na mentira? Porque não aconselhou ele a se assumir de verdade? E antes que vocês digam qualquer coisa, eram os anos 2010, muitos antes de sequer o pensamento ‘’Woke’’ começar, o pensamento era outro, se bem que naquela época não tínhamos a menina noção do que era aquilo, só a título de informação , Luís se assumiria dois anos depois quando fizesse 17, ele se apaixonou por um cara da qual ele serviria o TG e seria expulso pelo o capitão por pederastia lá dentro, foi assim que os pais dele e todo mundo viria descobrir que ele era gay...
Enfim, voltei para casa a pé, estava chateada, eu estava revoltada, a noite não só foi anticlimática, como também tinha sido a noite mais frustrante para mim, a minha primeira paixão, o meu primeiro amor foi por um garoto que gostava de outro, fui pra casa com raiva, querendo chorar me controlando para as lágrimas não descerem quando eu só escutei um grito chamando por mim...
-Lari, espere por mim!
Ó Deus, não era Natan a última coisa que eu precisava é que Natan viesse tentar me acompanhar e me visse daquele jeito, piedade era a última coisa que eu precisava naquele momento!
-Saí daqui! Vá embora Natan, eu não quero conversar!
Infelizmente as palavras saíram mais embargadas do que eu gostaria que tivessem saído...
-Não, Natan eu quero ficar sozinha!
-Mas eu não quero te deixar sozinha!
-Ah, Natan porque você não me deixa?
Ele abaixou a cabeça, ficou calado por alguns segundos quando por fim ele olhou direto nos meus olhos e disse:
-Porque eu te amo Lari e te amo desde a primeira vez que eu te vi...
Puxa, eu realmente não estava esperando por isso...
-Eu sei que eu não sou tão bonito quanto o Luís, sei que eu não sou o cara mais bonito da sala, não sou o mais rico e nem endinheirado e não tenho uma moto para sequer te levar para escola, mas eu realmente gosto de você...
Putz aquilo tinha me pegado de jeito, o dia definitivamente tinha terminado de um jeito que eu não imaginava, eu imaginei um beijo com príncipe encantado do meu sonho, agora eu estava ali diante de um dos meus muitos encontros que eu gosto de chamar de ‘’A dama e o vagabundo’’...
-O que é que você viu em mim Natan?
-Vejo, uma menina, bonita, vejo uma menina simpática , muito inteligente e amiga, eu vi o que você fez pelo Luís, você poderia ter saído dali e ter contado pra todo mundo, mas não fez, porque você preferiu magoar a si mesma do que fazer mal aos outros e isso é o que eu acho mais bonito em você!
-Você sabe de tudo o que aconteceu entre mim e o Luís?-Perguntava ela.
-Sim, eu estava no meu momento de intervalo e fui lá para fora e confesso que eu meio enciumado fui mais ou menos para onde vocês estavam porque eu queria ouvir o que vocês falavam...
-Olha, Natan eu acho isso tudo muito bonito o que você está fazendo por mim, mas eu realmente gosto de você só como...
Eu nem precisei dizer, ele mesmo completou...
-Eu sei, eu sei, eu sei, só como um amigo, mas pelo menos só por uma vez, eu queria ter a chance de te beijar uma só vez...
Tá bom, ele não disse totalmente isso admito que tirei isso de alguma novela que eu vi na época, mas e daí? Ele falou algo parecido e era meu primeiro beijo, deixa eu lembrar como algo mágico como eu queria que ele que fosse.
Ele pegou meu rosto, eu estava nervosa agora de fato aquilo realmente estava acontecendo, ele encostou os lábios dele no meu e beijou meus lábios, naquele momento eu senti o tempo parar no mundo, por um momento eu até esqueci que nós dois estávamos parado em pleno meio da rua de uma das principais ruas movimentadas mas que por milagre daquela noite, não passou um carro sequer...
Eu não sabia o que fazer, deixei que ele me guiasse por todo caminho, usando a língua ele tentou invadir minha boca, o hálito dele tinha sabor de bombom de menta e ele cheirava a desodorante forte amadeirado, tentei fazer a mesma coisa com a minha língua mas tinha medo de fazer alguma coisa errada, quando nós acabamos eu estava nas nuvens, abobalhada, nem parecia que eu tinha que eu tinha 13 anos parecia que eu tinha voltado a ter 08 novamente...
-E aí, o que achou?-Perguntava ele
-Uau, foi bom! É realmente muito bom mesmo!
-É, eu também gostei-Dizia ele sorrindo.
-E agora o que a gente faz?-Perguntava eu inocentemente...
Eu sei o que vocês estão pensando, estão deixando os pensamentos maldosos pairarem por suas mentes sujas e poluídas, mas detesto decepcionar vocês, mas erámos apenas duas crianças, nós não tínhamos este tipo de maldade. Só restava para nós fazer o que crianças gostavam de fazer, fomos para um campo onde havia cheio de flores, e ficamos correndo e brincando pega a pega até meia noite, onde volta e meia nós derrubávamos e nós dávamos um pequeno selinho...
É claro que é desnecessário falar que naquela noite eu ganharia uma bronca daquelas e um castigo agigantador por eu ter chegado aquela hora, mas eu não estava nem aí, nada mais me importava eu havia dado o meu primeiro beijo, agora eu me sentia verdadeiramente tendo entrado na minha adolescência e o dono do meu primeiro beijo foi Natan Silva, o garoto mais pobre da classe, mas o garoto com um dos melhores beijos que já beijei...
Natan foi meu primeiro amor de escola, ele chegou a pedir meu pai para namorar comigo, e apesar de nem meu pai, nem meus irmãos ficarem felizes com isso, minha mãe fez eles concordarem com tanto que meus irmãos sempre ficassem por perto para ficarem de olho, infelizmente terminamos pouco tempo depois quando Natan conseguiu uma proposta boa de trabalho para morar na Bahia, continuamos nossa amizade pelas redes sociais, fiquei feliz quando ele arrumou uma menina aparentemente bonita e legal, eles tiveram uma filha e ele botou o nome dela de Larissa, claro que eu fiquei abobalhada com a homenagem.
É como dizem, é muito difícil as pessoas darem certo com o seu primeiro amor, pelo menos sou uma das poucas meninas da minha sala que realmente pode dizer que tiveram um primeiro beijo bonito, com um príncipe encantado, e ele não era o mais bonito, ele não tinha os cabelos encaracolados, ele não tinha covas, mas era o menino mais gentil que eu já conheci na vida...
Ai...Ai, quem dera a vida das mulheres fossem só encontrar os Nathans da vida! Para cada amor de conto de fada que uma mulher vive na vida, há bem uns quinze que ela com certeza pode se dizer que são canalhas...E assim é o próximo que irei contar...
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